Na busca pelas mulheres mais velhas do quilombo Campo Grande, Miúda me levou para conhecer Tia Dide. Andávamos pelos caminhos de terra da comunidade, quando ela me alertou:
– Tacun... Não ligue muito, não. Tia Dide é meio bruta e no começo ela não vai querer conversar. Mas depois ela melhora.
Ao passar pela cancela da casa, cumprimentamos seu filho, que trabalhava quebrando pedras no quintal e, logo, ele nos levou para o lugar onde ela se encontrava.
Ainda quando vejo essa foto me impressiono com a força dessas mulheres quilombolas.
Tia Dide, então com 98 anos, estava na lida do corte da lenha ao fundo da sua casa. Como Miúda bem disse, não quis conversa na chegada, mas depois, entrou em casa, trocou de roupa, fez pose para fotos e as prosas que sucederam estão guardadas em minha memória para sempre.
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>>> Em memória de Tia Dide. Em breve mais fotos e histórias dessa senhora espetacular.
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