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Candomblé: lugar de enegrecer


Iaôs brancos 'batendo cabeça' para autoridades negras.
Série "Candomblés Nagô: Casa de Oxumarê". | © 2014 Tacun Lecy. Todos os direitos reservados.

Confesso que não costumo dispensar tanto tempo para escrever comentários longos em posts de redes sociais. Porém, numa terça-feira, dia 12 de dezembro de 2017, em atenção ao comentário da Taís Carvalho, ao posicionamento da Juçara Lopes e em consideração ao tempo que eu as conheço, quebrei esse paradigma e postei um pequeno texto com a inclusão de um outro ponto de vista acerca do que se comentava na postagem, o qual considero ter sido bem explicativo e que em hipótese alguma foi direcionado a uma pessoa e/ou Casa de Aṣé específicas.


Nesse texto eu comento sobre exposição de assuntos internos do Aṣé, critico os ataques à instituição Afonjá e aponto uma observação sobre a discussão em questão. Porém, o fato de utilizar a expressão “embranquecimento do candomblé” causou um rebuliço na rede, desencadeando alguns ataques pessoais e relações de comparações que considero desnecessários entre pessoas de Aṣé que se conhecem e se respeitam, especialmente sendo de Casas que têm relações muito próximas e que as suas histórias se entrelaçam nesse Tempo.[1]


Apesar de não intencionar a criação dessa polêmica, não estranho o fato dela ter explodido e causado tanto incômodo em algumas pessoas; posicionamentos fortes têm dessas coisas e, para quem está há um razoável tempo na luta pela valorização e preservação das culturas afro-brasileiras, ler/ouvir/ver certas coisas fazem parte do nosso cotidiano nesse país que se diz democrático e, no entanto, a liberdade de expressão é censurada e as opiniões de alguns são as suas sentenças. Mas, vamos pra frente... A estrada é longa!


Primeiramente, por todas essas discussões na sua página, peço desculpas ao Babaloriṣá Jean Lopes, pessoa que conheço há 18 anos e pela qual mantenho uma relação de muito respeito. Mas, tenha certeza que meus comentários só foram manifestados no seu Facebook pois, há um certo tempo, liguei para parabenizá-lo por uma postagem sua sobre lembranças de pessoas antigas do Aṣé – mais especificamente sobre a Ìyáloriṣá Perina – e você agradeceu, revelando que gostava de ver as minhas opiniões na rede e que as considerava importantes para o nosso povo. Diante dessa relação de respeito mútuo, não vi e não vejo a necessidade de pedir àgò[2] para manifestar e compartilhar os meus comentários.


Também gostaria de deixar explicado que eu utilizo as redes sociais especialmente para divulgação dos meus trabalhos e meus pensamentos sobre eles que, no caso da fotografia, envolvem os candomblés da Bahia. No entanto, o Facebook, para mim, não é um terreiro de candomblé, e por isso não discuto fundamentos e nem exponho minhas relações de Aṣé por aqui. Não me pronuncio apenas para os povos de santo, apesar de tê-los como prioridades. Dessa forma, não estranhem o fato de eu não pedir bênçãos e àgò todas as vezes em que eu for me pronunciar virtualmente. Isso fica para contatos mais próximos, dentro dos terreiros ou em encontros pessoais, onde vocês podem sentir a minha energia através do abraço e dos diálogos. Os que me conhecem sabem das relações de respeito e consideração que mantenho com todos.


Bem, depois de toda a repercussão eu havia decidido não me pronunciar mais sobre isso de forma virtual – cheguei inclusive a chamar o Rodrigo Pinto para uma cerveja e falarmos sobre o meu posicionamento pessoalmente, já que mesmo ele estranhando as minhas posições se mostrou aberto a um diálogo para entender os meus “ataques”. Foi aí que veio a postagem e a preocupação do meu querido Pai Lázaro Ribas, que com muita sabedoria e delicadeza – típicas de um Ọmọ Ọ̀ṣun[3] – refletiu sobre o texto e fez as suas pontuações. E é a partir delas que inicio o fim das minhas colocações sobre essa demanda e confirmo: O senhor está corretíssimo, Pai Lázaro! Não existe racismo reverso. Como bem explica a filósofa, pesquisadora e feminista Djamila Ribeiro, “o racismo é um sistema de opressão. Para haver racismo, deve haver relações de poder. A população negra sofre um histórico de opressão e violência que a exclui. Os negros não possuem poder institucional para serem racistas”. Diante disso, não temos como desassociar as questões raciais das de classe e, quando falamos de classes, todos sabemos muito bem como a pirâmide está desenhada; e é aí onde está a minha observação!


Quando utilizo a expressão “embranquecimento do candomblé”, eu chamo a atenção para a força que essas relações de classes vêm ganhando nos candomblés; eu chamo a atenção para os privilégios que pessoas conseguem por suas condições econômicas e essas mesmas utilizam desses poderes para se sobreporem a outras menos abastadas. Dentro desses processos, ganham espaço e passam a exercer certa influência entre lideranças religiosas. Muitas vezes, essas penetrações ocorrem de forma sutil e quando estouram algo na tradição já foi arranhado. Diante disso, discursos como “eu sou psicólogo, eu sou escritor... Eu tenho casas, eu tenho fazendas... Eu não preciso de fulano... Eu sou os olhos de ciclano... Eu... Eu... Eu... Eu...” se mostram como chibatas que acabaram de marcar a sua presença naquele espaço, sem a menor preocupação e respeito com toda a história que já foi escrita pelos nossos ancestrais, vencendo todo tipo de dificuldade que o povo negro enfrentou e enfrenta por essas terras desde a sua parição dos navios negreiros. É um discurso elitista!


Para quem acredita ou quer acreditar que a questão é a cor de pele... Só lamento! Minhas reflexões não têm esse limite e a minha postagem não se trata de aceitar ou não brancos no candomblé. Está bem longe disso! O candomblé abraça a todos os que ali vão para cultuar o Oriṣá[4] sem, no entanto, esquecer que essa energia vital tem uma origem que tem a sua cor: preta. Por isso tratamos de uma religião afro-brasileira, de matriz africana. E só para lembrar (agradecendo à professora e socióloga Marcilene Gracia de Souza): o termo afro-brasileiro está vinculado à origem e à cultura africana e ao território de nascimento e/ou origem, marcando, portanto, uma situação sociocultural e com viés identitário. Desse modo, o afro-brasileiro não é caracterizado apenas pelo fenótipo, mas também pela cultura que porta consigo, originada na África ou por seus descendentes na diáspora imposta pela escravização.


Sim, o candomblé contempla todos, e todos precisam entender sobre essa origem.


Pai Lázaro Ribas, o senhor quase matou a charada quando disse: “Sou branco mas me considero e gostaria que todos me considerassem, se é que isto existe, uma pessoa de coração e alma negra”. E, para mim, está aí o sentido disso tudo! Os candomblés, talvez, sejam os únicos espaços onde, de fato, os negros sempre tiveram as suas majestades; onde os negros nunca precisaram de posses ou títulos para que suas realezas fossem devidamente reconhecidas e respeitadas. Por mais que a cultura seja dinâmica, e que as tradições possam ser adaptadas conforme as suas necessidades, a essência deve sempre ser preservada para que não se percam as referências e para que não sofra com o processo de apropriação por outros. Por tudo isso, acredito e afirmo que o candomblé é lugar de se enegrecer!


Para quem quiser continuar discutido a cor da pele, paciência e boa sorte! Como eu disse, o discurso tem mensagens subliminares. E quem realmente quiser entender, saberá exatamente ao que me refiro. Posso lhes dizer que o fotógrafo, etnólogo e Babaláwo francês, Pierre Fatumbi Verger, que dedicou grande parte da sua vida às culturas afro-brasileiras – em especial aos cultos aos Oriṣá /Voduns – é um dos norteadores nos meus estudos e pesquisas na fotoetnografia; Carybé, artista argentino e representante dos Obás de Xangô no Ilê Axé Opô Afonjá, é outra referência; e, por último, em especial, o professor, poeta, cantor de ópera e Olúwo, Agenor Miranda Rocha, filho de diplomatas portugueses, nascido em Angola, e que manteve fundamentos com os Terreiros da Casa Branca, do Gantois, com o mesmo Afonjá entre outros, sendo ele o responsável por indicar, através do seu jogo de búzios, a linha sucessória nessas Casas históricas. Nenhum dos três era “negão”, porém todos sempre souberam e defenderam que aqueles espaços por onde transitaram e pelos quais dedicaram tantos cuidados e respeito, nunca deixaram de ser negros! Acreditar que a origem do Aṣé[5] e que a força da energia que emana de cada Oriṣá é misturada, mestiça, miscigenada é como acreditar em centauros.


Ainda sobre os comentários desencadeados após minha postagem, sinceramente, não sei onde encontraram algum ataque à Mãe Stella nele. Conheço esta senhora e sei o tamanho que a mesma tem, não apenas para as religiões afro-brasileiras! Tive a sorte, a honra, o privilégio e o prazer de conhecer, conversar e fotografá-la em momentos especiais – recebendo dela, inclusive, a permissão para adentrar a Casa de Xangô e bater meu orí[6] para o Senhor Afonjá. Não foram muitas vezes, porém, o suficiente para perceber a dimensão do que acontecia naqueles momentos, assim como do que acontece atualmente.


A história e o legado de Mãe Stella de Oxóssi não se resumem apenas ao seu terreiro e às suas funções religiosas. Essa Ìyáloriṣá transcendeu o grandioso espaço de Ṣàngó. Suas palavras ecoam para além-mar e tudo pelo qual ela lutou e todas as posições que ela manifestou e manifesta nesse Tempo são ouvidas por todos. Mãe Stella tornou-se a mais conhecida Ìyáloriṣá do Brasil, uma das maiores referências do culto afro-brasileiro. Mãe Stella é uma figura pública, popular e essa posição carrega muitos bônus e ônus. Dessa forma, toda e qualquer opinião emitida por ela gerará opiniões; uma infinidade de pessoas concordarão, outras tantas não. Mas, concordar ou não com ela, não implica num desrespeito à pessoa, nem à sua idade. A não ser que as críticas venham com teores ofensivos, intolerantes, violentos. O “falar dos outros” faz parte do candomblé, tem seu Axé. Podemos ver um pouco sobre o assunto no livro "Fuxico de Candomblé" do professor, escritor, antropólogo e Babaloriṣá Júlio Braga.


Ainda sobre Mãe Stella, ilustres representantes, não só do candomblé, mas também do campo das pesquisas e estudos afro-brasileiros já emitiram suas opiniões sobre os acontecimentos recentes, como o Babaloriṣá Aristides Mascarenhas (Presidente da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro); Tata Anselmo (Terreiro Mocambo); o professor, antropólogo e Babaloriṣá Vilson Caetano (Ilê Axé Obá L’Okê); além do próprio professor Júlio Braga (Ilê Axé Loyá).


Há quase 20 anos eu convivo com a Ìyálaṣẹ̀ Mariá Kecy. Uma senhora de 83 anos, contemporânea de Mãe Stella, que está à frente do Terreiro Raiz de Ayrá desde 1975, que caminhou ao lado de grandes zeladores e personalidades do Aṣé desde a sua entrada para a religião. Uma enciclopédia viva dos candomblés da Bahia. Uma senhora que, não por acaso, muitos chamam de “Bisa”, no Recôncavo Baiano – sim, Recôncavo, o cerne da cultura afro-brasileira. Nessa Casa, recebi de Ṣàngó, de Ògún e de Ọ̀ṣun a responsabilidade de ser o Aṣògún[7] e de carregar o ọ̀be[8] sagrado. Tive em Pai Neu – Pejigã[9] do Terreiro, irmão de Mãe Mariá; um homem de Ògún, sério, rígido, de poucas palavras e de muita personalidade – um grande exemplo e a minha principal referência para assumir as responsabilidades e seguir em frente, assim como me mostrou força e a coragem para manifestar as opiniões sem precisar fazer média ou plateia para quem quer que seja! Graças a Ọlọrum, não vivo exclusivamente para o candomblé e nem do candomblé, mas sei muito bem o que é ser o que minha Mãe Mariá é! A confiança mútua que estabelecemos ao longo da nossa caminhada, e que é um dos meus maiores orgulhos, nos dá uma liberdade imensa para podermos conversar e falar sobre todas as coisas que nos agradam e nos incomodam, sem medos e apenas com o limite do respeito. No Aṣé, abiã[10], iyao[11], ègbón[12], Ekéjì[13], Ọgá[14], Ìyá[15] e Babá[16] são, antes de qualquer coisa, seres humanos. Todos têm opiniões. Todos cometem erros e acertos. Mas, com certeza, apenas poucas pessoas se manifestam, muitas vezes por medo ou para que não sejam mal interpretadas e censuradas. Por isso, concordando ou não, valorizo posicionamentos como o da Ègbón Taís Sacramento, minha amiga pessoal que teve em seu comentário o início de toda essa polêmica.


Não tenho cargos (ou postos, como se fala muito atualmente) em outras Casas de Aṣé. Mas não por falta de indicação, nomeação e/ou convite (como, também se fala muito). Também não tenho essa pretensão. Mas dispenso certa admiração para as pessoas que conseguem conciliar as atividades em duas ou mais casas. Minhas funções no Raiz de Ayrá já me exigem bastante tempo e dedicação para tal. Não me sentiria bem assumir uma responsabilidade em uma outra Casa e não aparecer lá para cumpri-las, deixando os Oriṣás e o egbé[17] à minha espera. Isso seria uma vaidade desnecessária. Mesmo porque muitos nem sabem o real significado do oyè[18] que carrega. Um pecado moral!


A mim basta ter o respeito dos muitos terreiros e quilombos por onde andei e ando, o que atribuo ao trabalho que venho desenvolvendo com a minha fotografia e onde as pessoas se reconhecem e se veem representadas nas imagens e textos que permeiam as minhas pesquisas e documentações. São fotografias que procuram contar histórias, revelar momentos cotidianos... Fotografia documental, que hoje compõem acervos de instituições como o Terreiro do Gantois, da Casa de Oxumarê, da Fundação Pedro Calmon, do Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana; fotografias que levam nossos terreiros para outros espaços de reflexões sobre a diáspora africana, como na exposição “Axé Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis” – atualmente em cartaz na Universidade da Califórnia - UCLA (Los Angeles, Califórnia Estados Unidos).


Não só os terreiros, mas aos diversos povos negros aos quais dedico o meu olhar como, por exemplo, o povo de Ṣàngó que tive a oportunidade de estar perto durante a passagem da sua comitiva imperial à Bahia e o qual me presenteou com uma carta oficial do Palácio de Ọ́yọ́, em nome do Alaafin de Ọ́yọ́[19], Oba Dr. Lamidi Olayiwola Adeyemi III, parabenizando e agradecendo pela contribuição na divulgação da cultura na diáspora iorubana e me convidando a ir a Ọ́yọ́ fotografar o processo de reconstrução da Terra de Ṣàngó. Sinto-me honrado de ter o meu trabalho compondo o dossiê que pleiteia o reconhecimento de Ọ́yọ́ como patrimônio da humanidade. Esses são sinais que as coisas estão caminhando bem, apesar de alguns não entenderem certos posicionamentos. Mas isso faz parte. Não pretendo agradar a todos. A mim interessa mesmo o sorriso, o abraço e as lágrimas de quem se reconhece na foto.


Durante muito tempo a história dos negros foi contada e empurrada por não negros. Hoje, além dos nomes citados nesse texto, uma infinidade de negões está a reconstruir, ressignificar e recontar os legados ancestrais. Muita coisa foi perdida e outras tantas estão passando por uma tentativa de apropriação. Então, quando digo que “esse é o meu lugar de fala”, a ‘parada’ passa por isso e é muito mais funda que falar apenas de “fé”.


Como disse, para mim, Facebook e outras redes sociais não são candomblés! Então, não vão me ver falando aqui quantas vezes vou ao terreiro, nem quantas vezes dou comida a santo, nem quando me deito aos pés do Oriṣá, nem o Tempo em que as coisas devem ser feitas. Cada Casa tem seu ritmo e cada Oriṣá tem suas exigências. - Lembro de uma conversa com meu irmão Nerivaldo Nere em que ele me contou que o saudoso Babaloriṣá Dudu de Xangô, após jogar os búzios, fez um filho de santo retornar para a sua residência com todos os bichos que havia comprado por conta própria por achar havia chegado o período da obrigação e, no jogo o Oriṣá disse que não queria a obrigação naquele momento. Oralidade tem dessas coisas! – Esse tipo de discurso não tem a menor relevância para mim.


O que posso dizer é que, sim, o Raiz de Ayrá e o Obá Lajá têm uma relação muito próxima e a minha consideração e o meu respeito pelo Babaloriṣá Jean Lopes e seu egbé permanecem firmes e fortes, e é o que me faz, sempre que possível, ir todos os anos, no mês de outubro, reverenciar o Dono daquela Casa. Muitas vezes vou em maio também, para as festas de Oxum e do seu filho, o Babá Egbé Luciano Rocha. Isso é prestígio!


Bem, diante dessas exposições, acredito que o “embranquecimento” em questão tenha sido elucidado e que as pessoas que de alguma forma se sentiram ofendidas tenham, agora, ainda que não concordem, entendido os meus posicionamentos sobre tal. O texto ficou grande, mas foi necessário e espero que sirva para novas reflexões. De qualquer forma foi bom ponderar e buscar as palavras e referências para isso. Me estimulou, inclusive a escrever um artigo sobre algumas questões pontuadas. Para quem concordar ou não e ainda assim quiser prosear mais sobre os temas, acreditem que será um prazer decorremos acerca de todos eles e mais alguns. É só marcarmos uma conversa regada a uma boa cerveja gelada.


Respeito é uma via de mão dupla!


No mais, desejo a todos nós, os afro-brasileiros de todas as cores – como bem diz o meu grande amigo, o professor, historiador, escritor e Xicarangoma Jaime Sodré – um ano de muita luz, reflexões e atitudes conscientes!


Aṣé!!!

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[1] Link para as discussões iniciais: https://goo.gl/tA1AjA

[2] Agô; licença; pedir licença; dá-me licença por favor.

[3] Filho de Oxum.

[4] Orixá. Divindade elementar da natureza; anjo da guarda.

[5] Axé. Força vital; força maior; poder.

[6] Cabeça. Termo que designa a cabeça na vida litúrgica dos candomblés. É uma divindade Yorubá, guardiã do destino. Também se diz que é a alma orgânica perecível, que dá inteligência, sensibilidade e prosperidade.

[7] Axogum. Sacerdote responsável pela consagração dos animais aos Orixás; adorador de Ogum; traz o Axé de Ogum; é quem se comunica com os Orixás para quem são destinadas as obrigações.

[8] Faca.

[9] Ogã responsável pelos Axés da Casa; o mais velho de todos os Ogãs

[10] Abiã. Posição inferior da escala hierárquica dos candomblés; significa "aquele que vai nascer".

[11] Iaô. Termo que designa o noviço após a fase ritual da reclusão iniciatória, até completar sete anos da iniciação.

[12] Ebome. Termo que designa a pessoa que completou os sete anos da iniciação; mais velho.

[13] Ekede. Cargo honorífico circunscrito às mulheres que servem os Orixá sem, entretanto, serem por eles possuídos. É o equivalente feminino de ogã.

[14] Ogã. Título honorífico conferido aos homens da casa-de-santo para a proteção e funções no Axé. Esse tipo de título admite uma série de funções rituais. Tal como as Ekedes os Ogãs não são passíveis de transe.

[15] Mãe; mãe de santo; zeladora de santo; mulher responsável pelo terreiro.

[16] Pai; pai de santo; zelador de santo; homem responsável pelo terreiro.

[17] Sociedade; comunidade de pessoas com o mesmo propósito; comunidade de um terreiro de candomblé.

[18] Título; ordem; classe.

[19] Rei de Ọ́yọ́, Estado de Ṣàngó, na Nigéria

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