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A Ọbà do Ogunjá


Fotografia da Orixá Obá manifestada na Ebome Aldenise Leal, do Ilê Axé Ogunjá.
Série "Candomblés Nagô: Ilê Axé Ogunjá". | © 2015 Tacun Lecy. Todos os direitos reservados.

Existe um ditado no candomblé que diz que "quem é uma boa filha se tornará uma boa mãe". Talvez não seja uma regra, mas é um ensinamento que sempre ouvi dos meus mais velhos e que procuro observar com bastante cuidado nas relações dos povos de santo.


Há alguns anos (não lembro exatamente quantos), no Ilê Axé Ogunjá, conheci uma menina de nome Aldenise Leal, iniciada para o Orixá Obá pelo Babalorixá Idelson Salles. Carinhosamente chamada de Deni, ela é uma das minhas referências de dedicação, amor e respeito não só ao seu Orixá, mas também ao seu Pai de Santo e ao seu terreiro. Deni é daquelas pessoas que entendem o que o Pai de Santo quer apenas pelo olhar dele, o que permite a ela se antecipar aos pedidos e às reclamações, poupando Pai Idelson de desgastes e fazendo com que o candomblé siga o ritmo.


No dia de hoje, quando Deni de Obá completa 13 anos de iniciada, dedico essa foto e essas palavras especialmente a ela. Uma homenagem à sua caminhada no candomblé e pela relação que criamos, ao longo desses anos, de muita admiração, respeito e carinho, que é fortalecida pela proximidade e energia dos nossos Orixás. Afinal, como diz aquela velha cantiga: "Odé e Obá tafà[1]"!

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[1] Atirar uma flecha, flechar.

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