
Queridos amigos,
Em nome do Dener, agradeço toda energia que vem sendo transmitida à nossa verdadeira família: Thomaz e Gildete (avós), Nara e Pedro Ivo (tios), Miguel, Bárbara e Maria Eduarda (primos), Larissa (irmã), eu (pai), Dener Júnior (filho) e o próprio Dener.
Não tem sido fácil respirar nesses últimos dias, desde que Dener nos deixou para uma nova caminhada. Está tudo muito recente e mesmo as boas lembranças do meu menino ainda não amenizam as dores insuportáveis dessas feridas abertas. Está tudo muito fora da ordem e só mesmo Tempo para nos guiar ao equilíbrio e nos ajudar a entender todos esses absurdos.
As palavras, mensagens, postagens, ligações, orações... Todas as boas vibrações emanadas à nossa família por cada um de vocês têm nos dado um apoio aconchegante para atravessarmos esse momento difícil e, com certeza, para que o espírito do meu menino siga no caminho da luz em paz.
Tenham certeza que, em breve, assim que estiver em condições, responderei a todos com muito cuidado, carinho e verdades do coração.
Por agora, preciso ser apenas um caçador de mim mesmo, buscar forças e entendimentos no meu sertão, para continuar a minha caminhada. Por agora preciso e quero dormir com meu menino no peito e tentar encontrá-lo, quem sabe, em sonhos; num lugar onde eu possa abraçá-lo, beijá-lo e dizer-lhe mais outras tantas vezes "eu te amo, Papito".
Muito obrigado a todos vocês!
"...
Quando eu morrer, filhinho
Seja eu a criança, o mais pequeno
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é
..."
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Trecho do poema "Menino Jesus", de Alberto Caeiro.
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